Citações:Dumbledore, Alvo:EdP

De Dicionário Madame Pince

SONORUS

Citações por e sobre Alvo Dumbledore


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De Harry Potter e o Enigma do Príncipe

“– Presumi que fossem me oferecer uma bebida – disse Dumbledore ao tio Válter –, mas, peo visto, tanto otimismo seria tolice.
Um terceiro gesto com a varinha fez aparecer no ar uma garrafa empoeirada e cinco copos. A garrafa se inclinou e serviu uma generosa dose de um líquido cor de mel em cada copo, que, então, flutuou até cada uma das pessoas da sala.
– É o melhor hidromel envelhecido em barris de carvalho por Madame Rosmerta – explicou Dumbledore, fazendo um brinde a Harry, que apanhou o copo e bebeu. Nunca provara nada parecido antes, mas gostou imensamente. Os Dursleys, depois de trocarem olhares rápidos e apavorados, tentaram fingir que não viam seus copos, o que era difícil porque eles davam pancadinhas em suas cabeças. Harry não conseguiu afastar a suspeita de que Dumbledore estava se divertindo.”

  • EdP, capítulo 3.


Dumbledore: “– E agora, Harry, vamos sair para a noite em busca dessa sedutora volúvel, a aventura.”

  • EdP, capítulo 3.


“[Dumbledore] Apontara com a mão machucada.
Harry: – Professor, que aconteceu com a sua...
– Não tenho tempo para explicar agora. É uma história eletrizante, e quero contá-la como merece ser contada.
Ele sorriu para Harry, que compreendeu que aquilo não era uma negativa e que tinha permissão para continuar com as perguntas.”

  • EdP, capítulo 4.


“Dumbledore voltou à sala, sobressaltando Slughorn, que parecia ter esquecido que o amigo estava na casa.
– Ah, aí está, Alvo. Ausentou-se por um bom tempo. Ruim do estômago?
– Não, estava apenas lendo revistas trouxas. Adoro as receitas de tricô. [...]”

  • EdP, capítulo 4.


Dumbledore: “– Sobre um assunto diferente, mas correlato, este ano quero que tenha aulas particulares comigo.
– Particulares... com o senhor? – repetiu Harry, surpreso, quebrando o seu silêncio tenso.
– É. Acho que está na hora de participar mais da sua educação.
– Que é que o senhor vai me ensinar?
– Uma coisa aqui e outra ali – respondeu Dumbledore vagamente.”

  • EdP, capítulo 4.


Dumbledore: “– Este ano temos o prazer de dar as boas-vindas a um novo membro do corpo docente. O professor Slughorn – o bruxo ficou em pé, a careca brilhando à luz das velas, a grande pança sobre o colete sombreando a mesa – é um antigo colega meu que aceitou retomar o cargo de mestre de Poções.
[...]
– Por sua vez, o professor Snape – continuou Dumbledore, alteando a voz para abafar os murmúrios – assumirá o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.”

  • EdP, capítulo 8

.

Caro Harry,
Gostaria de começar as nossas aulas particulares no sábado. Por favor, venha ao meu escritório às oito horas da noite. Espero que esteja apreciando o seu primeiro dia de escola.
Atenciosamente.
Alvo Dumbledore
P.S. Gosto de Acidinhas

– Ele gosta de Acidinhas? – estranhou Rony, que leu o bilhete por cima do ombro do amigo, perplexo.
– É a senha para passar pela gárgula na porta da sala dele – respondeu Harry em voz baixa. [...]”

  • EdP, capítulo 9.


“– E de fato contei – disse Dumbledore placidamente. – Contei-lhe tudo que sei. Daqui para frente, estaremos deixando o terreno firme dos fatos para viajar juntos pelos turvos alagados da memória e nos embrenhar pelo matagal das suposições mais absurdas. Deste ponto em diante, Harry, posso estar lamentavelmente tão enganado como Humphrey Belcher, que acreditou que havia aceitação para caldeirões de queijo.
– Mas o senhor acha que está certo?
– Naturalmente que sim, mas como já provei a você também, erro como qualquer outro homem. De fato, sendo, perdoe-me, bem mais inteligente que a maioria, os meus erros tendem a ser proporcionalmente maiores.
– Senhor – perguntou Harry hesitante –, o que vai me contar tem a ver com a profecia? Vai me ajudar a... sobreviver?
– Muita relação com a profecia – respondeu Dumbledore, displicentemente, como se Harry tivesse lhe perguntado que tempo faria no dia seguinte –, e tenho esperanças de que o ajude a sobreviver.”

  • EdP, capítulo 10.


“Ele [Harry] deu as costas e estava quase na porta quando o viu. Em cima de uma das mesinhas de pernas finas que suportavam tantos objetos de prata de aparência frágil havia um feio anel de ouro com uma enorme pedra negra e rachada.
– Senhor – comentou Harry fixando o objeto. – Aquele anel...
– Sim?
– O senhor estava usando-o na noite em que visitamos o professor Slughorn. – De fato estava – concordou o bruxo.
– Mas não é... senhor, não é o mesmo anel que Servolo Gaunt mostrou a Ogden?
Dumbledore assentiu.
– O mesmíssimo.
– Então como é...? O senhor sempre o teve?
– Não, eu o adquiri muito recentemente. Aliás, poucos dias antes de ir buscá-lo na casa de seus tios.
– Teria sido mais ou menos na época em que o senhor feriu sua mão, senhor?
– Mais ou menos naquela época, sim, Harry.
Harry hesitou. Dumbledore estava sorrindo.
– Senhor, como foi exatamente...
– É muito tarde, Harry. Você ouvirá a história outro dia. Boa-noite. Boa-noite, senhor”

  • EdP, capítulo 10.


“– Desta vez, vamos entrar na minha memória. Penso que lhe parecerá ao mesmo tempo rica em detalhes e satisfatoriamente exata. Primeiro você...
Harry se inclinou sobre a Penseira; seu rosto cortou a fresca superfície das lembranças e ele se viu mais uma vez caindo pela escuridão... segundos depois, seus pés bateram no chão firme, ele abriu os olhos e viu que estavam parados em uma antiga e movimentada rua de Londres.
– Aquele sou eu – disse Dumbledore, animado, apontando para um vulto que atravessava a rua à frente de uma carroça de leite puxada por um cavalo.
A barba e os cabelos longos do jovem Alvo Dumbledore eram acaju. Ao chegar do lado oposto da rua, seguiu pela calçada, atraindo muitos olhares curiosos por causa do vistoso terno de veludo cor de ameixa que estava usando.
– Belo terno, senhor – comentou Harry sem conseguir se conter, mas Dumbledore simplesmente riu e os dois foram acompanhando o seu eu mais jovem, a curta distância, até um pátio vazio defronte a um prédio quadrado e sinistro cercado por altas grades. [...]”

  • EdP, capítulo 13.


“– Estou aqui, conforme disse em minha carta, para discutir sobre o menino Tom Riddle e as providências para o seu futuro – começou Dumbledore.
– O senhor é da família? – perguntou a sra. Cole.
– Não, sou professor. Vim oferecer a Tom uma vaga em minha escola.
– E que escola é essa?
– Chama-se Hogwarts.
– E por que se interessou por Tom?
– Acreditamos que tenha qualidades que procuramos.
[...]
Sra. Cole: – É um garoto engraçado.
– Sei – disse Dumbledore. – Achei que fosse.
– Foi um bebê engraçado também. Quase nunca chorava, sabe. Depois, quando foi crescendo ficou... esquisito.
– Esquisito, como? – perguntou Dumbledore gentilmente.
[...]
– Ele mete medo às outras crianças.”

  • EdP, capítulo 13.


“– Ele acreditou muito mais depressa que eu, quero dizer, quando o senhor o informou que de que era um bruxo – disse Harry. – Não acreditei em Hagrid, a princípio, quando ele me contou.
– É, Riddle estava absolutamente pronto para acreditar que era, para usar as palavras dele, ‘especial’.
– O senhor sabia... na época? – perguntou Harry.
– Se eu sabia que acabara de conhecer o bruxo das Trevas mais perigoso de todos os tempos? Não, eu não fazia ideia de que ele iria crescer e se tornar o que é. Mas fiquei certamente intrigado com ele. Voltei a Hogwarts com a intenção de vigiá-lo [...]
– E ele era ofidioglota – interpôs Harry.
– É verdade, um talento raro e supostamente ligado às Artes das Trevas, embora, como já sabemos, também haja ofidioglotas entre bruxos grandes e bons. De fato, sua capacidade para falar com as cobras me deixou tão preocupado quanto os seus instintos óbvios para a crueldade, o sigilo e a dominação.”

  • EdP, capítulo 13.


“Harry se levantou. Ao atravessar o aposento, o seu olhar recaiu sobre a mesinha sobre a qual estivera o anel de Servolo Gaunt na aula anterior, mas o anel não estava mais ali.
– Sim, Harry? – indagou Dumbledore, ao ver Harry parar de repente.
– O anel desapareceu – disse ele olhando à sua volta. – Mas achei que talvez tivesse a gaita-de-boca ou outro objeto.
Dumbledore abriu um largo sorriso para ele, mirando-o por cima dos oclinhos de meia-lua.
– Muito sagaz, Harry, mas a gaita-de-boca era apenas uma gaita-de-boca.
E, com essa nota enigmática, ele acenou para Harry, que entendeu que o diretor o dispensara.”

  • EdP, capítulo 13.


Dumbledore para Harry: “– Ouvi dizer que você se encontrou com o ministro da Magia no Natal.
– Verdade – respondeu Harry. – Ele não ficou muito satisfeito comigo.
– Não – suspirou Dumbledore. – Ele também não está muito satisfeito comigo. É preciso tentar não sucumbir sob o peso de nossas angústias, Harry, e continuar a lutar.”

  • EdP, capítulo 17.


Harry para Dumbledore: “– Ele [Scrimgeour] me acusou de ser ‘por inteiro um homem de Dumbledore’.
– Que grosseria a dele.
– Eu respondi a ele que era.
Dumbledore abriu a boca para falar e tornou a fechá-la. Às costas de Harry, Fawkes, a fênix, soltou um pio baixo, suave e melodioso. Para seu intenso constrangimento, Harry percebeu repentinamente que os olhos muito azuis de Dumbledore pareciam marejados, e depressa começou a encarar os próprios joelhos. Quando o diretor falou, porém, sua voz estava bem firme.
– Fico muito comovido, Harry.”

  • EdP, capítulo 17.


Harry: “– Sim, senhor. Eu escutei os dois [Malfoy e Snape] durante a festa do professor Slughorn... bem, para dizer a verdade, eu os segui...
Dumbledore ouviu impassível a história de Harry [na qual Malfoy e Snape têm um desentendimento e citam em sua conversa o incidente com Cátia Bell, o Voto Perpétuo, o papel de Snape como professor e o fato de Draco ter aprendido Oclumência]. Quando o garoto terminou, ele permaneceu calado por alguns momentos, depois disse:
– Obrigado por me contar Harry, mas sugiro que você esqueça esse assunto. Acho que não tem grande importância.
– Não tem grande importância? – repetiu Harry incrédulo. – Professor, o senhor entendeu...?
– Claro, Harry, abençoado que sou com uma extraordinária capacidade intelectual, entendi tudo o que me contou – disse Dumbledore, com uma certa rispidez. – Acho mesmo que você talvez devesse considerar a possibilidade de eu ter entendido mais do que você. Mais uma vez fico satisfeito que tenha confiado em mim, mas asseguro que você não me disse nada que possa me inquietar.
Harry ficou parado em furioso silêncio, olhando zangado para Dumbledore. Que estava acontecendo? Será que isso significava que, de fato, o diretor dera a ordem a Snape para descobrir o que Malfoy estava fazendo, caso em que já teria sabido de tudo o que Harry acabava de lhe contar pela boca do próprio Snape? Ou será que estava realmente preocupado com o que ouvira e fingia não estar?
– Então, senhor – perguntou Harry num tom que desejava que fosse educado e calmo –, o senhor decididamente ainda confia...?
– Já fui bastante tolerante em ter respondido a essa pergunta – replicou Dumbledore, mas sua voz já não parecia muito tolerante. – Minha resposta não mudou.”

  • EdP, capítulo 17.


“Dumbledore dissera que essa lembrança era a mais importante de todas, mas ele [Harry] não conseguia ver o que tinha de tão significativo. Sem dúvida, o nevoeiro e o fato de que ninguém parecia tê-lo percebido eram esquisitos, mas afora isso nada mais acontecera além de Riddle ter feito uma pergunta [a Slughorn] e não ter recebido resposta.
– Você talvez tenha notado – disse Dumbledore tornando a se sentar à escrivaninha – que essa lembrança foi alterada.
– Alterada? – repetiu Harry, sentando-se também.
– Certamente. O professor Slughorn modificou suas próprias recordações.
– Mas por que faria isso?
– Porque, em minha opinião, tem vergonha do que lembra. E tentou retrabalhar a lembrança para aparecer sob uma luz mais favorável, apagando as partes que não quer que eu veja. Fez isto, como você deve ter reparado, de um modo muito tosco, o que foi muito bom, porque mostra que a lembrança verdadeira existe sob as alterações.
‘Então, pela primeira vez, vou lhe passar um dever de casa, Harry. Você deverá persuadir o professor Slughorn a revelar a lembrança verdadeira, que sem dúvida será a nossa informação mais crucial.’
[...]
Ao fechar a porta atrás de si, [Harry] ouviu distintamente o comentário de Fineus Nigellus:
– Não vejo por que o garoto seria capaz de fazer isso melhor que você, Dumbledore.
– Eu não esperaria que você visse, Fineus – replicou Dumbledore, e Fawkes soltou outro pio baixo e melodioso.”

  • EdP, capítulo 17.


"– Mas seis Horcruxes, então – perguntou Harry meio desesperado –, como é que vamos encontrá-las?
– Está esquecendo... você já destruiu uma. E eu destruí outra.
– Foi? – perguntou o garoto ansioso.
– Sem dúvida – respondeu Dumbledore, erguendo a mão escura, que parecia queimada. – O anel, Harry. O anel de Servolo. E também uma terrível maldição que havia nele. Se não fosse, me desculpe a aparente falta de modéstia, a minha prodigiosa habilidade e a oportuna intervenção do professor Snape quando retornei a Hogwarts, desesperadamente ferido, eu não teria sobrevivido para contar a história. Contudo, a mão murcha não me parece um preço exorbitante a pagar por um sétimo da alma de Voldemort. O anel deixou de ser uma Horcrux."

  • EdP, capítulo 23.


Harry para Dumbledore: "– Então... o senhor ainda está procurando as Horcruxes? É atrás delas que o senhor tem ido quando se ausenta da escola? – Correto. Faz muito tempo que as procuro. Acho... talvez... eu esteja próximo de encontrar mais uma. Há sinais promissores.
– E se encontrar – perguntou Harry ligeiro –, posso ir com o senhor e ajudá-lo a se livrar dela?
Dumbledore fitou Harry atentamente por um momento antes de responder: – Acho que sim."

  • EdP, capítulo 23.


"– Eles [Snape e Malfoy] estão armando alguma coisa! – insistiu Harry, fechando os punhos ao dizer isso. – A professora Trelawney acabou de entrar na Sala Precisa, tentando esconder garrafas de xerez, e ouviu Malfoy dando vivas, comemorando! Ele está tentando consertar alguma coisa perigosa lá dentro e, se o senhor quer saber, ele finalmente conseguiu, e o senhor daqui a pouco vai sair porta afora sem...
– Basta. – Dumbledore falou calmo, mas Harry calou-se imediatamente; percebeu que enfim ultrapassara uma linha invisível. – Você acha que deixei a escola desprotegida uma única vez nas minhas ausências deste ano? Não. Hoje à noite, quando eu viajar, mais uma vez teremos proteção adicional instalada. Por favor, não insinue que eu não levo a sério a segurança dos meus estudantes, Harry.
– Eu não... – murmurou Harry, um pouco envergonhado, mas Dumbledore interrompeu-o.
– Não quero mais discutir este assunto."

  • EdP, capítulo 23.


Dumbledore para Harry: “– Você quer ir comigo hoje à noite?
– Quero – respondeu Harry prontamente.
– Muito bem, então ouça.
Dumbledore aprumou-se.
– Levo você com uma condição: que você obedeça a qualquer ordem que lhe dê, imediatamente e sem fazer perguntas.
– Claro.
– Entenda bem, Harry. Estou dizendo que deverá obedecer até a ordens como 'corra', 'se esconda' ou 'volte'. Você me dá sua palavra?
– Eu... é claro.
– Se eu mandar que se esconda, você fará isso?
– Farei.
– Se eu o mandar fugir, você obedecerá?
– Obedecerei.
– Se eu lhe disser para me abandonar e se salvar, você fará o que mandei?
– Eu...
– Harry?
Eles se encararam por um momento.
– Farei, sim, senhor."

  • EdP, capítulo 23.


Dumbledore se afastou e apontou a varinha para a parede rochosa da caverna. Por um instante, apareceu ali o contorno de um arco, fulgurante e branco como se houvesse uma forte luz por trás da fresta.
– O senhor conseguiu! – exclamou Harry entre os dentes que castanholavam de frio, mas, antes mesmo que as palavras saíssem de sua boca, o contorno desapareceu, deixando a rocha mais nua e sólida que antes. Dumbledore se virou.
[...]
– Ah, certamente que não. Tão grosseiro!
– O quê, professor?
– Está me parecendo – disse Dumbledore, enfiando a mão boa nas vestes e tirando uma faquinha de prata do tipo que Harry usava para cortar ingredientes para poções - que precisamos pagar para passar.
– Pagar? – exclamou Harry. – O senhor tem de dar alguma coisa à porta?
– Tenho. Sangue, se não estiver muito enganado.
Sangue?
– Eu disse que era grosseiro – comentou Dumbledore, em tom desdenhoso e até desapontado, como se Voldemort se mostrasse aquém dos padrões esperados. – A ideia, como certamente você terá captado, é que o inimigo deve se enfraquecer para entrar. Mais uma vez, Lord Voldemort não conseguiu compreender que há coisas bem mais terríveis do que a lesão física."

  • EdP, capítulo 26.


Harry para Dumbledore: "– O senhor acha que a Horcrux está aí dentro?
– Ah, sim. – Dumbledore examinou a bacia mais de perto. Harry viu seu rosto refletido, de cabeça para baixo, na superfície lisa da poção verde. – Mas como alcançá-la? [...]
Quase distraído, Dumbledore tornou a erguer a varinha, girou-a no ar e recolheu uma taça de cristal que acabara de conjurar do nada.
– Só posso concluir que essa poção deve ser bebida.
[...]
– Mas e se... e se a poção matar o senhor?
– Ah, duvido que produzisse tal efeito – disse Dumbledore tranquilo. – Lord Voldemort não iria querer matar a pessoa que alcançasse sua ilha."

  • EdP, capítulo 26.


"– Por que não posso beber a poção em seu lugar? – perguntou o garoto desesperado.
Porque sou muito velho, mas muito mais esperto e muito menos valioso. De uma vez por todas, Harry, você me dá sua palavra de que fará tudo que puder para não me deixar parar de beber?
[...]
– Eu... está bem, mas...
Antes que Harry pudesse continuar protestando, Dumbledore mergulhou a taça de cristal na poção. [...]
Em silêncio, Dumbledore bebeu três taças da poção. Então, na metade da quarta taça, ele cambaleou e caiu contra a bacia. Seus olhos continuaram fechados e sua respiração se tornou ofegante.
[...]
Odiando-se, sentindo repulsa pelo que estava fazendo, Harry forçou a taça a encostar a encostar à boca de Dumbledore e virou-a, fazendo com que o professor bebesse o que restava.
[...]
Dumbledore berrou; o ruído ecoou ao redor da vasta câmara e atravessou a água negra e parada.
[...]
– É tudo minha culpa, tudo minha culpa – [Dumbledore] soluçou –, por favor, pare com isso, sei que errei, ah, por favor pare com isso e eu nunca, nunca mais...
– Isto fará parar, professor – disse Harry, sua voz falhando ao virar a sétima taça de poção na boca de Dumbledore.
O professor começou a se encolher como se torturadores invisíveis o cercassem; a mão que ele sacudia quase derrubou a taça, novamente cheia, das mãos trêmulas de Harry, gemendo.
– Não os machuquem, não os machuquem, por favor, por favor, a culpa é minha, machuquem a mim...
[...]
Harry encheu a décima taça de poção e sentiu o cristal arranhar o fundo da bacia.
– Falta pouco, professor, beba, beba...
Ele amparou Dumbledore pelos ombros, e mais uma vez o professor esvaziou a taça; Harry tornou a se levantar, e, quando estava enchendo a taça, Dumbledore começou a gritar mais angustiado do que antes:
– Quero morrer! Quero morrer! Pare com isso, pare com isso, quero morrer!
– Beba, professor, beba...
Dumbledore bebeu, e mal terminara berrou:
– MATE-ME!
– Esta... esta fará parar! – ofegou Harry. – Beba... já vai passar... já vai passar!
Dumbledore engoliu o conteúdo da taça até a última gota e então, com um enorme arquejo, rolou de borco."

  • EdP, capítulo 26.


“Os olhos de Dumbledore piscaram; o coração de Harry saltou no peito.
– Senhor, o senhor está...?
– Água – pediu Dumbledore rouco.
– Água – ofegou Harry –... sim...
[...]
Ele [Harry] se atirou para a margem rochosa e mergulhou a taça no lago, erguendo-a totalmente cheia, com água gelada que não desapareceu.
– Senhor... aqui! – gritou Harry e, precipitando-se para Dumbledore, virou a água, desajeitado, em seu rosto.
Foi o melhor que pôde fazer, porque a sensação gélida em seu braço livre não era o frio prolongado da água. Uma mão branca e escorregadia agarrara seu pulso, e a criatura a quem pertencia puxava-o pela rocha lentamente de volta ao lago. A superfície não era mais um espelho; revolvia-se, e para todo lado que Harry olhava, cabeças e mãos brancas emergiam da água escura, homens, mulheres e crianças, com olhos encovados e cegos, moviam-se em direção à rocha: um exército de mortos ressurgindo do lago negro.
[...]
Petrificus Totalus! – tornou a urrar Harry, recuando e varrendo o ar com a varinha; seis ou sete mortos tombaram, mas outros tantos vinham em sua direção. – Impedimenta! Incarcerous!
Alguns tropeçaram, uns dois foram imobilizados com cordas, mas aqueles que galgavam a rocha atrás deles simplesmente pulavam por cima ou pisavam nos corpos caídos. [...]
Então, o fogo irrompeu na escuridão: carmim e ouro, um círculo de fogo que cercou a ilha e fez o Inferi que imobilizavam Harry tropeçarem e vacilarem; eles não ousaram atravessar as chamas para chegar à água. [...]
Dumbledore estava mais uma vez de pé, pálido como qualquer dos Inferi em volta, porém mais alto que todos, as chamas dançando em seus olhos; sua varinha estava erguida como uma tocha e da ponta saíam chamas, como um imenso laço, envolvendo todos em calor.
[...]
Dumbledore apanhou o medalhão no fundo da bacia de pedra e guardou-o nas vestes. Em silêncio, fez sinal a Harry para juntar-se a ele. Distraídos pelas chamas, os Inferi pareciam não registrar que suas vítimas estavam deixando a ilha; Dumbledore levava Harry para o barco, o anel de fogo deslocava-se com eles, cercava-os, os atordoados mortos-vivos acompanharam-nos até a beira do lago onde mergulharam, agradecidos, em suas águas escuras.

  • EdP, capítulo 26.


“– Senhor – ofegou Harry Potter –, senhor eu me esqueci... do fogo... eles avançaram para mim e entrei em pânico...
– Muito compreensível – murmurou Dumbledore. O garoto alarmou-se ao ouvir a voz do professor tão fraca.”

  • EdP, capítulo 26.


“Harry esfregou o braço arranhado na pedra: uma vez recebido o tributo de sangue, o arco reabriu-se instantaneamente. Eles atravessaram a caverna externa, e Harry ajudou Dumbledore a entrar na água gelada domar que enchia a fenda do penhasco.
– Vai dar tudo certo, senhor – Harry repetia sem parar, mais preocupado com o silêncio de Dumbledore do que estivera com a fraqueza de sua voz. – Estamos quase chegando... Posso Aparatar com o senhor quando voltarmos... não se preocupe...
– Não estou preocupado, Harry – disse Dumbledore, sua voz um pouco mais forte apesar da frieza da água. – Estou com você.”

  • EdP, capítulo 26.


Harry para Dumbledore: “– Precisamos levar o senhor para a escola, senhor... Madame Pomfrey...
– Não – contestou Dumbledore. – É do professor Snape que preciso... mas acho que não... não posso ir muito longe no momento...
[...]
Antes, porém, que Harry pudesse fazer qualquer movimento, ele ouviu os passos de alguém correndo. Seu coração pulou: alguém vira, alguém sabia que eles precisavam de ajuda; e, ao olhar à sua volta, viu Madame Rosmerta correndo pela rua escura em sua direção, usando sandálias altas de pelúcia e um roupão bordado com dragões.
[...]
– Ele está passando mal – disse Harry. – Madame Rosmerta, será que ele pode ficar no Três Vassouras enquanto vou até a escola buscar ajuda?
– Você não pode ir sozinho! Você não percebe... você não viu?
[...]
– Que aconteceu? – perguntou Dumbledore. – Rosmerta, que está havendo?
– A... a Marca Negra, Alvo.
[...]
Lá estava sobre a escola: o crânio verde chamejante com uma língua de cobra, a marca deixada pelos Comensais da Morte sempre que entravam em um prédio... sempre que matavam...

  • EdP, capítulo 27.


"À fraca claridade verde da Marca, Harry viu Dumbledore apertar o peito com a mão escura.
– Vá acordar Snape – disse com a voz fraca, mas clara. – Conte-lhe o que aconteceu e traga-o aqui. Não faça mais nada, não fale com mais ninguém e não tire sua capa. Esperarei aqui.
[...]
Harry correu para a porta que abria para a escada espiral, mas, assim que tocou no anel de ferro da porta, ouviu gente correndo do outro lado. Ele olhou para Dumbledore, que lhe fez sinal para recuar. [...]
O corpo de Harry se tornou instantaneamente rígido e imóvel, e ele se sentiu tombar contra a parede da Torre, escorado como uma estátua invisível, incapaz de se mexer ou falar [...].
Então, à luz da Marca, ele viu a varinha de Dumbledore traçar um arco por cima das ameias e compreendeu... Dumbledore o imobilizara silenciosamente, e o segundo que levara para lançar o feitiço lhe custara a chance de se defender."

  • EdP, capítulo 27.


Dumbledore: "– Draco, Draco, você não é um assassino.
[...]
– Ah, o senhor não sabe do que sou capaz – disse o garoto com mais firmeza –, o senhor não sabe o que eu fiz!
– Ah, sei, sim – respondeu o diretor brandamente. – Você quase matou Cátia Bell e Rony Weasley. Você tem tentado, com crescente desespero, me matar o ano todo. Perdoe-me, Draco, mas suas tentativas têm sido ineficazes... tão ineficazes, para ser sincero, que me pergunto se, no fundo, você realmente queria...
[...]
– Por que não me deteve, então? – quis saber Malfoy.
– Tentei, Draco. O professor Snape tem vigiado você por ordens minhas...
– Ele não estava obedecendo as suas ordens, ele prometeu a minha mãe...
[...]
Devemos discordar nesse ponto, Draco. Acontece que eu confio no professor Snape..."

  • EdP, capítulo 27.


"– Agora, Draco, rápido! – falou encolerizado o homem de cara brutal.
Mas a mão de Malfoy tremia tanto, que ele mal conseguia fazer a pontaria.
[...]
– Temos um problema, Snape – disse o corpulento Amico, cujos olhos e varinha estavam igualmente fixos em Dumbledore –, o menino não parece capaz...
Mas outra voz chamara Snape pelo nome, baixinho.
– Severo...
O som assustou Harry mais que qualquer coisa naquela noite.
Pela primeira vez, Dumbledore estava suplicando.
[...]
Snape ergueu a varinha e apontou diretamente para Dumbledore.
Avada Kedavra!
Um jorro de luz verde disparou da ponta de sua varinha e atingiu Dumbbledore no meio do peito. O grito de horror de Harry jamais saiu; silencioso e paralisado, ele foi obrigado a presencias Dumbledore explodir no ar: por uma fração de segundo, ele pareceu pairar suspenso sob a caveira brilhante e, em seguida, foi caindo lentamente de costas, como uma grande boneca de trapos, por cima das ameias, e desapareceu de vista."

  • EdP, capítulo 27.


"– Que é que todos estão olhando? – perguntou Hagrid, quando os dois se aproximaram da fachada do castelo, Canino colado aos seus calcanhares. – Que é aquilo caído no gramado? – perguntou Hagrid bruscamente, rumando para a Torre de Astronomia, onde ia se formando um pequeno ajuntamento. – Está vendo, Harry? Bem no pé da Torre? Embaixo do lugar onde a Marca... caramba... você acha que alguém foi atirado...?
[...]
Ele e Hagrid atravessaram, como em sonho, a multidão que murmurava até bem à frente, onde estudantes e professores estarrecidos tinham deixado uma clareira.
Harry ouviu o lamento de dor e surpresa de Hagrid, mas não parou; continuou a avançar até chegar onde Dumbledore jazia, e se agachou ao seu lado.
O garoto percebera que não havia esperança no instante em que o Feitiço do Corpo Preso que Dumbledore lançara sobre ele cessara; percebera que aquilo só podia ter acontecido porque quem lançara o feitiço estava morto; contudo, ainda não tinha se preparado para vê-lo ali, de braços e pernas abertos, quebrado: o maior bruxo que Harry conhecera ou jamais conheceria."

  • EdP, capítulo 28.


"Madame Pomfrey caiu no choro. Ninguém lhe deu atenção a não ser Gina, que sussurrou:
– Psiu! Escute!
Engolindo em seco, Madame Pomfrey apertou a boca com os dedos, olhos arregalados. Em algum lugar lá fora, uma Fênix cantava de um jeito que Harry jamais ouvira: um lamento comovido de terrível beleza. E ele sentiu, como antes sentira ao ouvir o canto da fênix, que a música vinha de dentro e não de fora dele: era o seu próprio pesar que se transformava magicamente em canto, ecoava pelos jardins e entrava pelas janelas do castelo."

  • EdP, capítulo 29.


"– E os funerais de Dumbledore? – perguntou Harry, finalmente falando.
– Bem... – disse a professora McGonagall, perdendo um pouco de sua vivacidade ao sentir a voz tremer – eu... eu sei que era desejo de Dumbledore ser enterrado aqui, em Hogwarts...
– Então, é o que acontecerá, não? – perguntou Harry impetuosamente.
– Se o Ministério achar apropriado. Nenhum outro diretor jamais foi...
– Nenhum outro diretor jamais contribuiu tanto para esta escola – resmungou Hagrid.
– Hogwarts deveria ser a morada final de Dumbledore – disse o professor Flitwick.
– Sem a menor dúvida. – concordou a professora Sprout.
– E, neste caso – argumentou Harry –, a senhora não deveria mandar os estudantes para casa até terminarem os funerais. Eles vão querer se...
A última palavra ficou presa em sua garganta, mas a professora Sprout completou a frase para ele.
– Despedir"

  • EdP, capítulo 29.


"[...] [Harry] Não sentia a menor curiosidade pelo tal R.A.B.; duvidava que voltasse a sentir curiosidade na vida. Deitado ali, ele percebeu subitamente que os jardins estavam silenciosos. Fawkes parara de cantar.
E ele soube, sem saber como sabia, que a fênix partira, deixara Hogwarts para sempre, da mesma forma que Dumbledore deixara a escola, deixara o mundo... deixara Harry."

  • EdP, capítulo 29.


"Todos seguiam, conforme Harry constatou ao descer os degraus de pedra da entrada, em direção ao lago. Ele sentiu o sol morno em seu rosto, enquanto acompanhava em silêncio a professora McGonagall ao lugar em que tinham disposto centenas de cadeiras enfileradas com uma passagem no centro; havia uma mesa de mármore à frente das cadeiras. Fazia um belíssimo dia de verão. Uma variedade extraordinária de pessoas já se acomodara em metade das cadeiras; malvestidas, bem-vestidas, velhas e jovens. a maioria Harry nunca vira, mas reconheceu algumas, entre elas membros da Ordem da Fênix [...] e outras pessoas que Harry só conhecia de vista, como o barman do Cabeça de Javali [...]
Hagrid vinha andando pela passagem entre as cadeiras. Chorava silenciosamente, seu rosto brilhava de lágrimas, e trazia nos braços, envolto em veludo roxo salpicado de estrelas douradas, o que Harry sabia ser o corpo de Dumbledore [...]
Os garotos não conseguiam ver com clareza o que acontecia à frente. Hagrid parecia ter colocado o corpo cuidadosamente sobre a mesa. Agora retirava-se pela passagem, assoando o nariz ruidosamente e atraindo olhares escandalizados de algumas pessoas, inclusive, Dolores Umbridge... mas Harry sabia que Dumbledore não teria se importado. [...]
Houve um ruído de água revolvida à esquerda, e ele viu que os sereianos tinham vindo à tona para ouvir, também. Harry se lembrou de Dumbledore agachando à beira do lugar em que Harry estava sentado, conversando em serêiaco com o líder desse povo. Harry se perguntou onde Dumbledore teria aprendido aquela língua. Havia tanta coisa que nunca perguntara, tanta coisa que deveria ter dito...
E, então, subitamente, a terrível verdade o devassou, mais completa e inegavelmente do que até aquele momento. Dumbledore estava morto, partira... ele apertou o medalhão com tanta força que doeu, mas não pôde impedir que lágrimas quentes saltassem dos seus olhos; desviou o olhar de Gina e dos outros e fixou-o ao longe, na direção da Floresta, enquanto o homenzinho de preto continuava a falar... percebeu um movimento entre as árvores. Os centauros tinham vindo prestar suas homenagens também. Não saíram a céu aberto, mas Harry os viu parados, quietos, meio encobertos pelas sombras, observando os bruxos, os arcos pendurados do lado do corpo [...]
Então várias pessoas gritaram. Vivas chamas irromperam em torno do corpo de Dumbledore e da mesa em que jazia: cada vez mais altas, ocultando seu corpo. Subiram espirais de fumaça branca no ar, desenhando estranhas formas: Harry pensou, por um momento de sustar o coração, que estava vendo uma fênix voar feliz para o infinito, mas, no segundo seguinte, o fogo desaparecera. Em seu lugar havia um túmulo de mármore branco, encerrando o corpo de Dumbledore e a mesa em que repousara.”

  • EdP, capítulo 30.


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